Desde o anúncio de lançamento do Nintendo Switch, lá em meados de 2017, a jovem Raira Oliveira começou a sonhar com esse console.

Na época, eu, UX Jr., engatinhando nos ensinamentos de metodologias ágeis, research e prototipação, não tinha condições de adquirir o aparelho. Tanto pelo custo e também por que tinha outras prioridades. 

Para vocês terem a mínima noção, minha renda bruta era menor que o salário mínimo daquele ano e mesmo assim eu conseguia me balançar na corda bamba de guardar dinheiro, ajudar em casa e pagar minhas contas. Só não era o bastante para me dar o luxo de comprar o console sem ficar no prejuízo.

Damos um skip time para maio de 2022… Raira como Analista de Usabilidade Pleno.

Mesmo com um aumento significativo (não muito em comparação com a média nacional de UX Designers), comecei a me planejar a pouco mais de um ano para adquirir o tão sonhado console.

Mas, Raira, o que diabos é um Nintendo Switch?

Jovem padawan, senta aqui com a tia:

A Nintendo é uma empresa japonesa de desenvolvimento de jogos e consoles, responsável pela Pokémon Company, Super Mario e dos tão queridos consoles portáteis, como o Gameboy. 

Em 2017, ela anunciou que lançaria um console que além de ser portátil, teria mais duas funções:

  1. Com um cabo HDMI seria possível refletir o que tem no console para uma TV ou computador;
  2. Desconectando os joycon (controles) da tela do console seria possível torná-la numa mini televisão/monitor e jogar a distância.

1 videogame, três opções. Por isso o nome Switch.

Como uma profissional da área de User Experience (UX), enxergo todo o apelo desse produto sem ser o consumidor final. Além de esteticamente agradável, ele se debruça no marketing de “Um produto, várias possibilidades”, mesmo que seu maior diferencial seja a portabilidade.

Raira Oliveira

Isso é o que torna esse console um objeto de desejo tanto para os jogadores casuais como os hardcores que estão interessados em testar seu desempenho e jogos exclusivos.

O Nitendo Switch não oferece o maior catálogo de jogos. Seu subterfúgio é possibilitar conforto, praticidade e no fim das contas, nostalgia. Os nascidos nos anos 95 que desejaram um Gameboy color para jogar Pokémon e ainda não trabalhavam para adquirir um DS, estão se realizando com o Switch. 

Além de todos esses pontos positivos, o console (na minha humilde opinião) é o que pode sofrer (felizmente) mais modificações esteticamente. Desde cases até grips para os joysticks dos controles, o mercado de customização do Switch é IMENSO. E com isso, a Nintendo atinge mais outra fatia de jogadores que a pouco mais de 10 anos não era tão valorizada: As mulheres.

De acordo com a PBG 2021, no Brasil, 51,5% dos jogadores mobile são mulheres e 38,1% console.

As aficionadas por organização, customização e colecionáveis, abraçam o Switch como Cozy Cute Console ou traduzindo para o português: O VIDEOGAME MAIS FOFOLINDO DO MUNDO.

Minha vontade de adquirir um desses aumentou 120% depois de ver uma versão customizada com o tema de Totoro do Studio Ghibli. Eu, como a louca do Studio, quis ter mais o console pelo fator de poder customizá-lo do que simplesmente o conforto e portabilidade.

Mas, Raira, até o momento você só falou dos pontos positivos. E os negativos?

Como é meu primeiro console e possivelmente me encaixo na fatia de jogadores casuais iniciantes, as considerações que posso compartilhar com vocês é mais a nível profissional de Experiência do Usuário (UX) do que de consumidora, mas bora lá:

Em resumo, estou extasiada. O Console chegou rapidíssimo e na qualidade padrão para os Prime da Amazon (opa Amazon, patrocina nós) e fiz o unboxing durante uma reunião diária do trabalho (me julguem) de tão empolgada que estava.

Como já se passou quase duas semanas desde que o console chegou (27/04/22), tenho como opinar sobre a usabilidade e primeiras impressões de uso.

Sobre console:

Por mais que ele seja caro, com um catalogo de jogos de valores bem salgados (me refiro aos exclusivos), ele é tudo isso que falam sim. É confortável, tem um tamanho adequado para um console portátil, bastante leve mesmo com uma tela de proporções semelhante a de um celular padrão e o grip dos joycon é muitoooooo gostoso de manusear. Não incomoda, não machuca, a localização dos botões e joysticks deve ter pequenas diferenças em relação a um controle de Xbox ou Playstation, mas no geral, é super tranquilo de usar.

Visão superior da caixa mostra o console e base do Nintendo Switch

O uso cada botão e entrada (tanto do console como do docker) é autoexplicativa e indicativa. A configuração inicial durou menos que 2 minutos. Na caixa você já sabe o que precisa ser feito e assim que liga o onboarding dos usuários para prosseguir com a instalação é a mais fácil possível. 

Instruções de configuração na caixa

Aliás, duas coisas a serem ditas sobre isso: Amei que quando conecta os joycon à tela, ele indica no visor e vibra de uma forma bem amigável. Acontece o mesmo quando desconecta. E a entrada do game card é bastante robusta e resistente. Não é algo pra ficar abrindo e fechando o tempo todo, mas também não tem cara que vai se desgastar se abrir pelo menos umas 100 vezes.

Depois de configurado, o menu de acesso principal é bastante direto e simples, ainda mais para quem já tem costume em jogar ou que utiliza streamings (Netflix e afins):

  • Menu de Perfil
  • Thumb de jogos (com flag “em uso” para sinalizar)
  • Menu de acesso
  • Breadcumbs de apoio (Qual botão clicar para fazer tal ação)

Entrando nos detalhes:

  • No Menu de acesso, você pode acessar as lojas tanto da Nintendo Online (Assinatura) como a eNintendo que disponibiliza todos os jogos do catálogo, sendo exclusivos ou não;
  • Na Galeria, vai ter prints e vídeos que você tirou. Amei que o controle tem um botão só pra isso;
  • Em Controles, dá pra acessar ações como Conectar no Switch, Conectar um Novo controle, conectar no suporte Joycon, mudar mapeamento do controle, vibração e etc; 
  • Na Configuração do console é possível fazer todo tipo de modificação que se adequa ao seu conforto e uso, como: Brilho, Internet, Usuários, Temas, Configuração pra TV. E nesse último item, senti falta do suporte para aumento de fonte e Transcription. Poxa Nintendo, estamos em 2022. Acessibilidade para TODES!

Além da portabilidade que falei, a parte das customizações é um dos fatores que mais me agrada. Já estou ansiosa para comprar novos controles (Sim, tem controles customizados de personagens mainstream da Nintendo, como Zelda, Pokemon e Mario), cases e grips para os joysticks. Vejam alguns exemplos para vocês terem noção do SURTO que é esse console (novamente, AMAZON PATROCINA NÓS).

A Preta patty aqui está em polvorosa haha.

Sobre os jogos:

Outro fator de escolha para optar pelo Switch foi o seu jogo viral exclusivo (concebido no Nintendo DS) que é o Animal Crossing (AC). Um jogo mundo aberto que você só tem o objetivo de fazer amiguinhos e viver em uma ilhinha fofa.

Sim gente, é isso. Lógico que tem muito mais coisas, como: criar casinhas, roupas e etc. Mas, o apelo principal dele é ser fofo e relaxante e ele entrega essa tarefa muito bem.

MAIS MUITO BEM MESMO.

Eu montando minha tenda 🙂

Além do Animal Crossing, também adquiri o Cozy Grove (que não é exclusivo do Switch como o AC) que tem a mesma pegada. Só que ao invés de apenas criar uma vida em uma ilha, você é um escoteiro que está descobrindo o porque da Cozy Grove ser amaldiçoada.

E gente…as assombrações são ursos fantasmas.?????????? Piticos demais.

Fiz amizade com a senhora Darla, uma costureira de mão cheia.

Tem listas infindáveis de Cozy Games pela internet, mas vou colocar alguns que vale apena você analisar se estiver querendo adquirir um Switch ou se já tem um e quer morrer de fofurinha (opinião pessoal).

  • ? Animal Crossing (Exclusivo)
  • ? Cozy Grove
  • ? Stardew Valley
  • ? Story of Seasons
  • ? Kitara Fables (Exclusivo)
  • ? Hoa
  • ? Sakura of rice and ruin
  • ? Spiritfarer

Além desses, testei algumas demos de jogos exclusivos da Nintendo, como Wario e Captain Toad (um puzzle muito divertido). E mesmo não sendo meu estilo de jogo é fácil enxergar a magia por trás desses anos de sucesso. Você se sente uma criança. Bem feliz e realizada, aliás.

Resumão da Rai:

  • Por custo: Não vale a pena kkkkkkkk Só se você for como eu e tiver economizado, planejado e se permitiu fazer algo para seu lazer, mesmo que gaste um pouco demais. Atualmente existe a versão Lite (apenas portátil) que é mais barata: A partir de R$ 1.699,00 e a Oled (com tela em super definição) a partir de R$ 2.950,00. Então, né, possibilidades a vista para distintos consumidores. Os jogos exclusivos são bemmmmm carinhos. O Animal Crossing sozinho vale quase R$350. Isso sem mencionar as customizações.
  • Por experiência: Vale demais, até pra quem está entrando nesse universo. Saindo do backstage de gamers e adentrando no mundo com os dois pés. Eu sou essa pessoa. E digo mais: Se você for uma pessoa com uma coluna de mais de 150 anos e que se senta de uma forma bem curiosa, escolha esse console. Sua coluna vai agradecer.
  • Para teste: Só se você for um gamer hypado em tecnologias e não liga pra gastos. Indico assistir review, unboxing e gameplay de jogos antes de fazer isso de fato.

Meu conselho no final das contas é: Se permita. Analise seu orçamento e veja o que é melhor pra você. É um investimento a longo prazo. No entanto, no fim das contas, acredito que ter arrependimentos é algo que vai beirar ao inexistente. 

Raira Oliveira

Share This

Leave a comment